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O Subjectivismo da Fenomenologia Husserliana e a Exigência de Uma Fenomenologia Assubjectiva

O Subjectivismo da Fenomenologia Husserliana e a Exigência de Uma Fenomenologia Assubjectiva O SUBJECTMSMO DA FENOMENOLOGIA HUSSERLIANA EA EXIGENCIA DE UMA FENOMENOLOGIA ASSUBJECTIV A Jan Patočka A fenomenologia husserliana aspira a uma Filosofia Primeira, a qual deve operar uma fundamentac;:ao absoluta do conhecimento, a partir de bases estritamente cientfficas, numa evidencia re-execu tavel por cada um. A feno­ menoJogia deve, com isso, ser ela pr6pria uma ciencia, a ciencia apriorfstica das legalidades de essencia do aparecer do aparecente enquanto tal [des Ers­ cheinens des Erscheinenden als solclzen], e esta ciencia realiza, ao mesmo tempo, aqui'lo que toda a filosofia transcendental ambicionava desde Des­ cartes e Kant, a saber, uma fundamentac;:ao ultima do conhecimento, liberta de todos os pressupostos nao provados na medida em que os elucida. Esta fundamentac;:ao do conhecimento distingue-se, com certeza, por raz5es de fundo, daquela que o idealismo crf tico classico e os pensadores subsequentes tinham em vista. Ela nao e, nomeadamente, uma fundamentac;:ao argumenta­ tiva, re-apreendendo tudo a partir do eu, enquanto conceito elucidativo ulti­ mo, mas sim uma fundamentac;:ao. indicadora, amostrante [aiifweisende], demostrante [ausweisende] da pr6pria ideia de uma fundamentac;:ao.2 0 eu nao aparece, aqui, nem como fundamento da objectividade, nem como unico princf pio produtor do mundo aparecente, mas, desde o infcio, fala-se de uma http://www.deepdyve.com/assets/images/DeepDyve-Logo-lg.png Phainomenon de Gruyter

O Subjectivismo da Fenomenologia Husserliana e a Exigência de Uma Fenomenologia Assubjectiva

Phainomenon , Volume 4 (1): 22 – Oct 1, 2002

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Publisher
de Gruyter
Copyright
© 2002 Jan Patočka, published by Sciendo
eISSN
2183-0142
DOI
10.2478/phainomenon-2002-0008
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Abstract

O SUBJECTMSMO DA FENOMENOLOGIA HUSSERLIANA EA EXIGENCIA DE UMA FENOMENOLOGIA ASSUBJECTIV A Jan Patočka A fenomenologia husserliana aspira a uma Filosofia Primeira, a qual deve operar uma fundamentac;:ao absoluta do conhecimento, a partir de bases estritamente cientfficas, numa evidencia re-execu tavel por cada um. A feno­ menoJogia deve, com isso, ser ela pr6pria uma ciencia, a ciencia apriorfstica das legalidades de essencia do aparecer do aparecente enquanto tal [des Ers­ cheinens des Erscheinenden als solclzen], e esta ciencia realiza, ao mesmo tempo, aqui'lo que toda a filosofia transcendental ambicionava desde Des­ cartes e Kant, a saber, uma fundamentac;:ao ultima do conhecimento, liberta de todos os pressupostos nao provados na medida em que os elucida. Esta fundamentac;:ao do conhecimento distingue-se, com certeza, por raz5es de fundo, daquela que o idealismo crf tico classico e os pensadores subsequentes tinham em vista. Ela nao e, nomeadamente, uma fundamentac;:ao argumenta­ tiva, re-apreendendo tudo a partir do eu, enquanto conceito elucidativo ulti­ mo, mas sim uma fundamentac;:ao. indicadora, amostrante [aiifweisende], demostrante [ausweisende] da pr6pria ideia de uma fundamentac;:ao.2 0 eu nao aparece, aqui, nem como fundamento da objectividade, nem como unico princf pio produtor do mundo aparecente, mas, desde o infcio, fala-se de uma

Journal

Phainomenonde Gruyter

Published: Oct 1, 2002

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