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Metamorfoses da Fenomenologia

Metamorfoses da Fenomenologia Maria J(Jse Cantista Faculdade de Letras da Universidade do Porto Um seculo volvido sobr e os primeiros escritos de Husserl, estamos em condi9ao de apreciar o peso especffico da fenomenologia .como corrente de pensamento marcante da contemporaneidade. Face a crise de fundamentos da metafisica modema, a fenomenologia apresenta-se como altemativa, quer ao descredito do metodo por demori.stra9ao causal, quer a pura e simples dispensa de metodo pel a mostra9ao infunda­ mentada da experiencia empirica. Como dizia Landsberg, a fenomenologia, na tentativa de reposi9ao do fundamento radical, tentou destruir o "famoso dilema entre um empirismo mutilado por uma hip6tese sensualista, e um racionalismo reduzido ao pensamento carente de intui9ao". A fenomenologia husserliana veio potenciar uma nova no9ao de raciona­ lidade, unindo o extrema subjectivismo (de pendor idealista-formalista) e o extremo objectivismo (naturalista-materialista). E da no9ao de fen6meno, tornado na acep9ao de experiencia originaria do sentido, que radicara a feno­ menologia como metamorfoseamento de si. Longe de remeter a fundamenta­ c;ao da racionalidade para um Logos pre-existente, ela discursa-se como a arte da realiza9ao da racionalidade, num percurso incoativo, em radicaliza9ao de si. Captar o sentido do mundo e <las coisas, no seu estado nascente, eis um esfor90 ou uma exigencia http://www.deepdyve.com/assets/images/DeepDyve-Logo-lg.png Phainomenon de Gruyter

Metamorfoses da Fenomenologia

Cantista, Maria José
Phainomenon , Volume 14 (1): 8 – Apr 1, 2007
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/lp/de-gruyter/metamorfoses-da-fenomenologia-mh1ln4q250
Publisher
de Gruyter
Copyright
© 2007 Maria José Cantista, published by Sciendo
eISSN
2183-0142
DOI
10.2478/phainomenon-2007-0013
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Abstract

Maria J(Jse Cantista Faculdade de Letras da Universidade do Porto Um seculo volvido sobr e os primeiros escritos de Husserl, estamos em condi9ao de apreciar o peso especffico da fenomenologia .como corrente de pensamento marcante da contemporaneidade. Face a crise de fundamentos da metafisica modema, a fenomenologia apresenta-se como altemativa, quer ao descredito do metodo por demori.stra9ao causal, quer a pura e simples dispensa de metodo pel a mostra9ao infunda­ mentada da experiencia empirica. Como dizia Landsberg, a fenomenologia, na tentativa de reposi9ao do fundamento radical, tentou destruir o "famoso dilema entre um empirismo mutilado por uma hip6tese sensualista, e um racionalismo reduzido ao pensamento carente de intui9ao". A fenomenologia husserliana veio potenciar uma nova no9ao de raciona­ lidade, unindo o extrema subjectivismo (de pendor idealista-formalista) e o extremo objectivismo (naturalista-materialista). E da no9ao de fen6meno, tornado na acep9ao de experiencia originaria do sentido, que radicara a feno­ menologia como metamorfoseamento de si. Longe de remeter a fundamenta­ c;ao da racionalidade para um Logos pre-existente, ela discursa-se como a arte da realiza9ao da racionalidade, num percurso incoativo, em radicaliza9ao de si. Captar o sentido do mundo e <las coisas, no seu estado nascente, eis um esfor90 ou uma exigencia

Journal

Phainomenon – de Gruyter

Published: Apr 1, 2007

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